ERROS FATAIS
Este jogo teve duas partes distintas.
A primeira de domínio completo da nossa equipa e a 2ª parte em que por demérito nosso, a equipa adversária conseguiu alguma superioridade.
Como esperávamos a equipa do Escapães consciente da necessidade de pontuar veio para este jogo com o intuito de cometer poucos erros e se possível levar pelo menos 1 ponto nesta partida.
Depois de alguns minutos de estudo mutuo a nossa equipa assumiu o comando da partida e começou a construir bonitas jogadas e levando o perigo até junto da baliza adversária, onde desta vez não fomos tão eficazes na concretização, desperdiçando um punhado de boas ocasiões para marcar.
No entanto depois de muito tentar, lá conseguimos chegar ao golo amplamente merecido, onde após uma boa jogada de entendimento Romeu apareceu a finalizar muito bem ao 2º poste.
Até ao intervalo pouco mais houve digno de registo, sendo que nesta 1ª parte o domínio pertenceu por completo à nossa equipa, limitando-se a equipa do Escapães a tentar evitar o perigo junto da sua baliza.
Mas o intervalo foi fatal para a nossa equipa que estranhamente se apoderou de uma enorme apatia e não mais se viu na segunda metade da partida.
Eram decorridos poucos minutos e um atraso inoportuno ao nosso guarda-redes antes da bola passar o meio campo, originou um livre indirecto contra a nossa equipa em cima da linha da área. Da marcação desta falta surgiu o golo da igualdade, onde depois de Sérgio defender o 1º remate e com a bola a saltar à sua frente, 3 jogadores da nossa equipa não foram lestos a sacudir a bola dali e permitiram que um jogador adversário tocasse a mesma e a encaminhasse lentamente para a baliza, com toda a gente a olhar sem conseguir qualquer reacção.
A equipa acusou o golo e passou a tentar individualmente resolver aquilo que devia fazer colectivamente,assistindo-se então ao pior período da partida, com a bola a ser jogada aos repelões e sem qualquer movimento digno de registo.
A equipa adversária deu-se conta da nossa ineficácia e começou a acreditar que realmente podia levar daqui a vitória. Passou a pressionar mais a nossa equipa obrigando-a a perdas de bola constantes, aproveitando esse facto para rapidamente se aproximarem da nossa baliza.
Numa dessas jogadas, Filipe esqueceu-se de marcar o seu adversário e reagindo tardiamente foi em sua perseguição e, sem necessidade, acabou por o derrubar dentro da área cometendo grande-penalidade.
Na transformação da grande penalidade Sérgio adivinhou bem o lado para onde o remate foi efectuado, ainda tocou na bola mas foi impotente para deter a sua marcha para as redes.
A perder a equipa ainda esboçou uma ténue reacção obrigando o adversário a cometer várias faltas, atingindo mesmo a 5ª falta, mas muito individualizada a equipa foi incapaz de chegar a igualdade e saiu assim vergada ao peso de uma derrota inesperada, mas que castiga o fraco desempenho demonstrado na 2ª parte e premeia a garra e o querer demonstrado pelo nosso adversário.
No final era grande a desolação sentida no balneário, onde os jogadores tinham consciência de que tinham deixado escapar 3 pontos importantes na luta pelo 1º lugar e que nos deixam assim sem grande margem de erro para as próximas partidas, sendo quase obrigatório ganhar todas elas e esperar ainda pelos confrontos entre Barrô e Covão do Lobo para continuar a acalentar algumas esperanças pela conquista do titulo distrital.
Mas jogo a jogo vamos continuar a nossa caminhada, sabendo que ainda tudo pode acontecer e que é preciso continuar a acreditar e a trabalhar nesse sentido.
2 comentários:
Gosto muito destes comentários. O treinador nunca é responsável pelos resultados. Ou é o jogador X ou Y, principalmente quando o resultado é negativo. Quando algum dos seus mais queridos, comete algum erro, é uma falha da equipa. Se não, é crucificado.
O treinador tem como objectivo defender os seus atletas e proporcionar bons jogos, independentemente dos resultados. São atletas que estão em formação. Não se pode querer vitórias a qualquer preço. O Beira-Mar não é um clube de bairro, é o clube mais representativo do Distrito de Aveiro, como tal, deve dar o exemplo.
Amigo, não foi nem nunca será minha intenção crucificar aqui ninguém, muito menos os meus atletas. Também e ao contrário do que possa pensar, não tenho jogadores mais ou menos queridos, para mim são todos atletas e respeito-os como tal, assim como gosto que me respeitem.
O facto de dizer que um atleta teve um momento menos feliz durante uma partida não é de todo crucificar nem culpabilizar do que quer que seja e lamento que tenha sido interpretado dessa forma.
Nunca fugi às minhas responsabilidades e sempre assumi todos os resultados alcançados pela equipa e nunca culpabilizei qualquer atleta pelos resultados menos bons, pois na vitória e nas derrotas, ganhamos e perdemos todos porque é assim que tem de funcionar uma equipa.
Agora, como em tudo na vida, temos momentos melhores e momentos piores e temos de saber conviver com eles da mesma forma.
Reagimos bem ao elogio, mas também temos de saber aceitar uma critica, muitas vezes injusta como esta e na qual não me revejo minimamente.
Claro que as opiniões não são unanimes e por isso o espaço aos comentários pessoais está aberto.
Agradeço a sua opinião e caso queira aprofundar esta conversa, estou sempre ao dispôr....
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